segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Condicionamento clássico e operante

O condicionamento clássico também denominado de reflexo ou respondente foi defendido por Pavlov (1849-1936), um fisiologista russo, que desenvolveu os primeiros estudos experimentais nesta área. O comportamento clássico, reflexo ou respondente é o que usualmente chamamos de “não-voluntário”, "não-aprendido" e inclui as respostas que são "produzidas” por estímulos antecedentes do ambiente, ou seja, é um processo que envolve a criação de uma associação entre um estímulo natural existente e um, previamente, neutro. Parece confuso, mas vamos acabar com isso. Imagine um cão que saliva quando vê comida. O alimento é o estímulo que ocorre naturalmente. Se você começa a tocar um sino toda vez que você apresentou comida ao cão, uma associação seria formada entre o alimento e o sino. Eventualmente, o sino sozinho, também conhecido como o estímulo condicionado, viria a evocar a resposta do cão salivar.
No condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito dela resultante a satisfação de alguma necessidade, ou seja, a aprendizagem está na relação entre uma ação e seu efeito. Este utiliza reforçamento e punição para criar associações entre os comportamentos e as consequências para esses comportamentos. Pode ser representado da seguinte maneira: R —►S = [em inglês] o S é o estímulo reforçador (elemento ou objeto do ambiente) que tanto interessa ao organismo; R é a resposta (ação do sujeito); a flecha significa “levar a”.
O estímulo reforçador é chamado de reforço. O termo “estímulo” foi mantido da relação R-S do comportamento respondente para designar-lhe a responsabilidade pela ação, apesar de ela ocorrer após a manifestação do comportamento. O comportamento operante refere-se à interação do sujeito com o ambiente. Nessa interação, chama-se de relação fundamental à relação entre a ação do indivíduo (a emissão da resposta) e as consequências. É considerada fundamental porque o organismo se comporta (emitindo esta ou aquela resposta), sua ação produz uma alteração ambiental (uma consequência) que, por sua vez, retroage sobre o sujeito, alterando a probabilidade futura de ocorrência. Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das consequências criadas pela nossa ação. As consequências da resposta são as variáveis de controle mais relevantes. Exemplo deste condicionamento operante seria, imagine que um professor castiga um aluno por conversar, fora de hora, nas aulas e não permite que o aluno saia para o intervalo. Como resultado, o aluno faz uma associação entre o comportamento (falar fora de hora) e consequência (não ser capaz de sair para o intervalo). Assim, o comportamento problemático diminui.
As principais diferenças são: o condicionamento clássico envolve um estímulo neutro que, naturalmente, e automaticamente dispara uma reação, enquanto o condicionamento operante requer o uso de reforço ou punição.
Amanda de P.P. Freitas
ROBBINS, Stephen P. Aprendizagem. In Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Education, 2002, cap. 2, pp. 37 a 52.

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